Na vida e na carreira também podemos subir a montanha para visualizar o panorama, avaliar as alternativas existentes e os caminhos possíveis para, então, escolher a direção a seguir.
De dentro da empresa não há visão suficiente para definirmos novos caminhos. É necessário experimentar, olhar para fora e de fora, pagar o preço da aventura e correr o risco de ficar no escuro até que haja alguma luz.
Olhar de cima da montanha e ampliar o panorama da vida e da carreira não exige manobras radicais. A percepção da realidade pode ocorrer por meio de uma introspecção que viabilize e aumente o autoconhecimento. Não é só olhar para fora e de fora, mas olhar para dentro e de dentro.
(...) O sentimento é de estar sufocado. Precisa de mais ar ou mais espaço?
A carência de ar pode ser solucionada com uma retomada de fôlego. Ao respirar profundamente, o indivíduo logo se sente melhor. É como subir uma ladeira: por vezes temos de parar e respirar, aguardando o ritmo do coração voltar ao normal. Só então temos condições de dar continuidade à jornada.
Já a sensação de sufocamento por falta de espaço implica um risco maior. A reação pode ser de medo (fóbica) ou a de, em um gesto de desespero, eliminar algum companheiro para aumentar o espaço disponível. E há ainda quem salte para fora, sem ao menos ter idéia de onde vai cair.
Tomar a distância necessária para observar o que está ocorrendo e viver as emoções daí provenientes é o primeiro passo para compreender a situação. Reconhecer e dar o nome ao que sentimos é o segundo.
(...) A familiaridade com o caminho minimiza o medo e, ao mesmo tempo, aumenta o desejo de novas estradas. Intensifica também a oportunidade de aprender e apreender, favorecendo a construção de novas visões e a análise sobre o direcionamento a seguir. É a familiaridade que permite identificar se é hora de mudar e quem (ou o que) precisa mudar - a própria pessoa, a situação ou ambos. |